sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A festa


Na festa, todos pareciam se divertir. Vários bandos, vários grupos e um corpo só.

Ou não. Ou vários corpos sós, separados pela intolerância ou pela ignorância da dificuldade de compartilhar.

A mocinha, de salto alto, cigarro fino, passeava pelo povo e fazia charme para carinhas com tesão. A gorda, bonita, divertida, se encalhava num velho sofá e esperava uma conversa casual ou o álcool lhe subir. Na cozinha, desesperados pela presença da comida gritavam vantagens patéticas. No banheiro, drogas. No quarto, a aniversariante se lambuzando de um sexo sujo. No som, politik kills. Na festa, essa formalidade. Essa transgressão fantasiada.

Um comentário:

Unknown disse...

Vc não estava no banheiro né???!!! rsss Brincando! bju te amu!