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Fui a uma super sala comercial, comprei pipocas de dezoito reais e foui curtir o novo filme comercial da safra brasileira. Era uma vez... (assim mesmo, com três pontinhos e nome de novela) é bonito de se ver e parece representativo para a cinematografia nacional. Mais pela forma como é feito que pelo tema mal tratado.
Breno Silveira sabe brincar com a câmera. Dirige os takes muito bem (as poucas cenas na favela real são muito boas) e soube escolher quem faria os papéis. Rocco Pitanga que se reprime na novelinha da TV se solta como o marginal sem opção Carlão - melhor interpretação do filme.
Por outro lado, Breno romantiza a problemática de forma quase patética, e o faz com toda convicção, nos deixando com aquela vontade de desvendar a historinha a la Romeu e Julieta carioca. O depoimento do bom Thiago Silveira, no final, é extremamente desnecessário e só confirma o aspecto apelativo do filme.
É bom que venda. Valerá a pena, depois de Cidade de Deus (2001) e Tropa de Elite (2007) ver o espectador se emocionar e, no mesmo momento, se convencer de que é tempo de mudar o foco, e se for insistir nele , que seja de verdade e profundamente.
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